Trees

Os misteriosos Trees de Portland, Oregon, estão de volta com seu segundo álbum. São 30 minutos de doom torturado, minimal, drone/ambiente do mais feio e horrível do que há para os ouvidos. Esta banda toca a duas velocidades, lento e parado.. por vezes parece que param os instrumentos todos de repente. Tudo é retirado para causar o máximo de impacto, não só os riffs mas até mesmo a voz e bateria são isolados a altos níveis dolorosos, de agonia ensurdecedora , com o objectivo de manter-nos num permanente estado de tensão.

A primeira faixa, "Ashes", é dolorosamente lenta e com um ambiente tenebroso, especialmente a partir da voz que varia do gutural a gritos dementes de tortura. É pura desolação, no seu mais perfeito estado. A outra faixa chamada "Hollow" é ainda mais sombria, os primeiros 7-8 minutos são uma massa de esmagamento, cheia de feedback que cria uma atmosfera drone bem pesada levada ao extremo. Não há muito que falar aqui além do que já disse, mas eu acho que a falta de dinâmica é o ponto forte desta banda/álbum. Cada faixa tem muito espaço para construir uma atmosfera lenta e triste, embora a banda seja muito precisa no que fazem.

Trees praticam um estilo de doom que não é de fácil digestão para o ouvinte, digamos comum, deste género. Mesmo os fãs de Khanate e Burning Witch serão levados pela desolação geral de "Freed Of This Flesh".

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